Uma equipe de investigadores dos Estados Unidos encontraram vidas nas águas do lago mais profundo e até agora inexplorado da Antártida, o lago Mercer.
Apesar de estar enterrado abaixo de uma casca de gelo de um quilômetro de grossura, com uma pressão elevada, e com ausência total de luz do sol e uma temperatura de meio graus abaixo de zero, os cientistas encontraram 10.000 células de bactérias por cada mil litro de água, segundo informa a revista Nature.
As condições para a vida aqui são muitos hostis, semelhantes, dizem os cientistas da missão, apelidada de SALSA (por suas siglas em inglês de Acesso Cientifico aos Lagos Subglaciais da Antártida) e financiada pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos, dos lagos de Marte ou os oceanos existentes abaixo da superfície das luas de Júpiter e de Saturno, pelo que poderia mandar luz nas condições necessárias para que possa gerar vida em outros mundos.
Mercer forma parte da rede de uns 300 lagos subglaciais da Antártida e até o momento tinha permanecido inalterado.
Até o momento, somente era possível ver, de fato, de forma indireta, utilizando radares capaz de penetrar no gelo, assim como outras técnicas de sensores antigos.
Chegar até suas águas não tem sido algo fácil: os cientistas tem quase 30 toneladas de gelo utilizando uma máquina furadeira que manda água quente esterilizada.
Finalmente conseguiram alcançar a superfície do lago e extrair 60 litros de água assim como os sedimentos do lago.
Foi ali que encontraram restos de crustáceos, pequenos invertebrados chamados de tardígrados, e também como plantas e fungos.
O descobrimento surpreendeu a todos os cientistas da missão, que não esperavam encontrar nada mais complexo de micróbios unicelulares.
Os investigadores acreditam nestes organismo existia lagos e rios das montanhas da Antártida, durante períodos quentes antes da era glacial, seguramente nos últimos 10.000 ou 120.000.
Quando o clima se esfrio de novo, mais tarde, tudo foi perdido.
0 Comentários