Desde que foi descoberta as linhas de Nazca na década de 1930, foi proposto várias teorias para explicar as marcas na superfície do deserto.
Um famoso científico se refere a ela como "um dos enigmas mais embaraçosos da arqueologia".
Porque a linha de Nazca representa um mistério tão sem resposta?
De fato, o problema está na grande variedade de desenhos (chega ter quase 300), geralmente chamados de "geoflifos".
O lugar contem tanto desenhos figurativos, como a aranha, o macaco, a garça, o colibri, etc, como desenhos totalmente abstratos compostos de uma grande variedade de formas: algumas tem até 365 angulo, enquanto que outros tem forma espiral e não contem ângulos.
Embora os geoglifos animais chama a atenção, na realidade estão cobertos por grandes trapézios.
Alguns dessas figuras tem lados de mais de 760 metros de comprimento.
O PORQUE DE TODAS ESSAS LINHAS E GEOGLIFOS?
Vistas em seu conjunto, as linhas de Nazca parecem ser um desastres aparentemente dispersas ao acaso através da planície, cruzando-se e sendo criado sem razão aparente.
Em alguns lugares, os geoglifos cuidadosamente desenhados tem sido parcialmente apagados pelos enormes trapézios.
Porém, existe um grande contraste entre alguns diagramas que tem sido perfeitamente executados, e outros que foram desenhados sem cuidado.
Além disso, muitos desenhos são tão grandes que só podem ser vistos do ar a uma altura de 1.000 pés! Em 1969, Erich von Däniken propôs a idéia de que alienígenas no ar poderiam ter projetado essas linhas como pistas de pouso.
ENTRE TESES E TEORIAS
No entanto, a teoria de Erich von Däniken enfrenta muitos problemas:
Primeiro, o solo não seria duro o suficiente para suportar pousos repetidos devido ao suposto peso dessas naves espaciais.
Segundo, por que esses alienígenas não teriam projetado algo muito mais sofisticado?
Terceiro, muitas dessas linhas têm apenas 3 pés de largura, o que parece ser muito estreito para os navios. Além disso, Von Däniken não explicou o significado e a utilidade das figuras de animais.
A maior especialista nas linhas de Nazca é, sem dúvida, María Reiche, uma matemática alemã que dedicou mais de cinquenta anos de sua vida ao estudo e proteção das linhas. María Reiche tentou desacreditar a tese extraterrestre de Von Däniken.
Sua teoria é baseada no fato de que foram os índios nazcas que construíram essas linhas recentemente (provavelmente entre 300 a.C. e 800 d.C.). Para apoiar esta tese, alguns cientistas demonstraram engenhosidade demonstrando como essas figuras poderiam ser teoricamente traçadas a partir do solo. Até agora, nenhuma das duas teorias resistiu a uma análise crítica cuidadosa.
PROCURANDO POR UMA RESPOSTA
O primeiro teste é baseado em uma série de datação por carbono 14 realizada em fragmentos de cerâmica e madeira deixados nas linhas pelos habitantes de Nazca. Os defensores da segunda teoria afirmam que isso prova que foi o povo de Nazca que construiu as linhas.
No entanto, a datação desses fragmentos demonstra apenas uma coisa, a saber, que esses habitantes viviam em torno dessas linhas, uma vez que as próprias linhas não podem ser datadas, a possibilidade de que essas linhas estivessem preexistentes à civilização de Nazca permanece. real.
O segundo teste é a similaridade perturbadora entre os geoglifos e alguns desenhos encontrados na cerâmica de Nazca. Este é um elemento importante porque mostra que os habitantes de Nazca desenhavam as imagens ou as viam do céu.
A cerâmica de Nazca é exibida no museu da cidade vizinha de Ica. Uma cerâmica deve representar um lagarto, outro que representa a aranha, depois um beija-flor e outro, uma baleia. Em todos os casos, as semelhanças não são claras e alguns pontos-chave dos geoglifos são diferentes ou estão ausentes na cerâmica. Existem outros cinco exemplos da mesma natureza.
Obstinadamente refutando a teoria de Von Däniken, os especialistas parecem ter esquecido que é bastante normal para os artistas da época reproduzir figuras de pássaros, insetos, répteis e criaturas marinhas. Os especialistas não perguntaram por que essas olarias não são decoradas com os desenhos mais estranhos, trapézios, linhas entrelaçadas e formas abstratas.
PONTO DE VISTA DE MARIA REICHE
Como María Reiche explica o propósito das linhas de Nazca? Embora Reiche admita que não chegou a uma conclusão definitiva, ele está fortemente inclinado à teoria de um calendário astronômico.
Ela acha que o povo de Nazca usou linhas e figuras para medir os pontos-chave do ano solar para o planejamento agrícola. No entanto, a teoria de Reiche, como a de Von Däniken, não resistiu aos altos argumentos contra ele.
Em 1968, um estudo da Sociedade Geográfica Nacional determinou que algumas linhas de Nazca eram direcionadas para posições do sol, da lua e das estrelas no céu dois mil anos atrás, isso não pode ser apenas por acaso.
Em 1973, o Dr. Gerald Hawkins estudou 186 linhas com um programa de computador e descobriu que apenas 20% delas não tinham orientação astronômica. Em 1982, Anthony Aveni obteve resultados semelhantes, enquanto em 1980, Georg Petersen afirmou que a teoria de Reiche não explicava os diferentes comprimentos e larguras das linhas.
Mais recentemente, Johan Reinhard observou que as montanhas circundantes forneceram um mecanismo pronto para uso e muito mais relevante para o Nazca usar como calendário solar; as linhas teriam sido completamente supérfluas para eles. Além dessa avalanche de opiniões científicas, devemos também salientar que Reiche, como Von Däniken, não explicou o significado dos geoglifos animais.
NAZCA E O OCULTO
De que outra forma poderíamos explicar as linhas de Nazca? Certamente não são estradas incas, nem canais de irrigação, pois a maioria deles não leva a fontes de água.
Como todas as explicações práticas possíveis foram esgotadas, muitos autores se concentraram no simbolismo de linhas e figuras. Todos os cultos religiosos, adoração ancestral, adoração na água, culto à fertilidade e adoração nas montanhas foram mencionados.
Como o culto aos deuses das montanhas explica as linhas de Nazca? Johan Reinhard detalhou várias tradições antigas, segundo as quais os deuses da montanha assumem a forma de águias ou condores. Como Reinhard explica, essa teoria do culto explica o aspecto mais significativo das linhas de Nazca, que é que figuras só podem ser vistas do ar.
Os antropólogos atribuem a crença nos deuses da montanha a uma sólida base ecológica, uma vez que as montanhas são a fonte de rios e nuvens. Mas quem sabe se esses deuses da montanha eram apenas o produto da imaginação humana?
OUTROS PONTOS DE VISTA
A visão do mistério das linhas de Nazca requer uma mudança significativa de paradigma: a identificação de uma cultura pré-histórica e global avançada, que alguns chamam de "atlantes" e outros "deuses da carne e do sangue".
Todos os estudos científicos anteriores de Nazca o trataram como um fenômeno local, mas se estudarmos as linhas como um elemento integrado a uma configuração pré-histórica global, como já foi feito, uma resposta plausível emerge.
Os vários indicadores que marcam o mundo sugerem que a tecnologia aeronáutica existia nos tempos antigos. Essas pistas consistem em registros textuais, tradições orais e evidências físicas.
Por exemplo, em Baalbek, Líbano, uma enorme plataforma de pedra corrobora a ascensão e queda de foguetes, uma história mencionada no "épico de Gilgamesh" e nas lendas do deus Helios (Deus do Sol) que supostamente estacionou Seu carro aí.
Enquanto isso, no Peru, o fato de que as linhas de Nazca só podem ser apreciadas do ar também é uma indicação poderosa da existência da aeronáutica antiga. Agora, eu tive que esclarecer duas coisas:
em primeiro lugar, não se diz que as linhas de Nazca representam um campo de aviação;
segundo, é claramente indicado que era necessária uma tecnologia aeronáutica para observá-las.
Isso pode parecer uma idéia imaginativa se não houver outros aspectos da alta tecnologia que possam ser vistos em todos os lugares nos locais pré-incas no Peru.
OUTROS FATORES QUE INFLUENCIAM
Qual era o objetivo das linhas de Nazca então? Eles foram criados a partir do solo ou do ar? Quem eram os "deuses da carne e do sangue" ou os "altos" que voariam sobre a terra? E como eles se adaptaram na pré-história mundial?
Mas vamos nos concentrar em alguns fatos fundamentais. A Planície de Nazca é praticamente a única com tal capacidade de conservar inscrições, devido à combinação do clima (um dos mais secos da terra, com apenas vinte minutos de precipitação por ano) e um terreno plano e pedregoso que minimiza o efeito de vento ao nível do solo.
Sem poeira ou areia cobrindo a planície, e pouca chuva ou vento que a corrói, as linhas desenhadas aqui tendem a ser preservadas. Esses fatores, combinados com a existência de um subsolo de cor mais clara sob a crosta do deserto, oferecem uma vasta possibilidade de escrita que se adequava perfeitamente ao artista que queria deixar sua marca pela eternidade.
Quem foi o artista nascido? A pesquisa sugere uma conexão com Viracocha, senhor de Tiahuanaco, que também é conhecido como o "Deus da tempestade". O símbolo tridente desse deus aparece a uma curta distância ao norte de Nazca, entre os Paracas. Segundo uma teoria, esse deus seria o artista inicial de Nazca. Eu teria usado um aparelho para dirigir uma viga de corte na planície do deserto.
ENTRE LENDAS E MISTÉRIOS
Outra pergunta é: por que, então, a planície de Nazca é composta de tal desordem de figuras, linhas e bandas largas que parecem não alcançar nenhum objetivo artístico? Talvez a resposta esteja em Tiahuanaco, Bolívia.
Um site misterioso que conheceria a produção de bronze cerca de 6.000 anos atrás. Um dos muitos lugares do mundo onde são encontradas pedras que pesam cerca de cem toneladas e foram cortadas e adaptadas de forma tão precisa que a lâmina de uma faca não pode ser inserida nas fendas.
Tudo sugere que o difícil trabalho no local de Tiahuanacu foi delegado a um grupo de escravos negros. Quando a era de Tiahuanaco diminuiu por volta de 2200 a.C., alguns desses escravos se rebelaram. Um grupo deles apreendeu a antena ou o dispositivo Viracocha usado para executar esses desenhos e desfigurou a planície de Nazca em um ato de vandalismo.
Em alguns lugares, eles imprimiram grandes linhas que podem ter apagado os desenhos que o próprio Viracocha havia desenhado anteriormente. Em outros lugares, eles fizeram desenhos projetados para tirar sarro e insultar seu mestre.
Alguns dos rebeldes desenhavam imagens impressionantes, outros assumiam os controles e só podiam desenhar desenhos de fãs. Quando Viracocha viu a devastação na planície e o vandalismo de seu próprio trabalho, ele chorou. Isso teria apoiado a lenda de Tiahuanacan como um "Deus que chora".
Estudos confirmaram que o período mais antigo de Nazca foi, de fato, o mais avançado. O que explicaria as teorias de por que muitas das linhas convergem nas montanhas, uma vez que é uma tendência humana normal pilotar um avião para um ponto de referência no horizonte.
Também explicaria por que as linhas às vezes se cruzam perfeitamente em barrancos profundos, uma tarefa quase impossível sem uma aeronave. Em conclusão, e mais importante, explicar todos os dispositivos de Nazca, suas linhas e desenhos, é bastante complicado, talvez seja por isso que nenhuma outra teoria tenha surgido em 50 anos de estudo para explicar tudo o que vemos hoje em Nazca.
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