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Uma equipe cientistas conseguiram medir as mudanças estacionais dos gases que impregnam o ar justo sobre a cratera Gale, no planeta Marte, o lugar que o rover Curiosity está explorando desde 2012.
Durante o analises, os investigadores se encontraram com algo desconcertante: o oxigênio, o gás que leva a maior parte das criaturas terrestres usam para respirar, se está comportando de uma forma que resulta impossível de explicar através de nenhum processo químico conhecido.
Durante os últimos três anos marcianos (que equivalem a quase seis anos terrestres) o laboratório de química portátil SAM (Sample Analyses at Mars) tem estado no ar da cratera Gale e analisando sua composição. 
E os resultados do instrumento do Curiosity permitiram fazer uma idéia da composição da atmosfera marciana sobre a superfície da cratera.
95% de dióxido de carbono (CO2), 2,6% de nitrogênio molecular (N2), 1,9 de  argônio (AR), 0,6% de oxigênio molecular (O2) e 0,6% de dióxido de carbono (CO).
Os dados também revelaram como as moléculas de gases se misturam no ar ao longo de todo o ano.
Em Marte, as mudanças estacionais se produzem quando CO2 se congela sobre os pólos no inverno, baixando assim a pressão do ar em todo o planeta e causando sua redistribuição.
Ao contrário quando o CO2 se evapora durante a primavera e o verão, se mistura com o ar e sua pressão aumenta.
Nesse  entorno, os investigadores descobriram que o nitrogênio e o argônio seguem um padrão estacional perecível, aumentando e diminuindo sua concentração na cratera Gale durante as diversas estações e nas funções na quantidade de CO2 presente em cada momento.
Mais comportamento do oxigênio foi completamente diferente.
No princípio, os investigadores esperavam que o oxigênio tivesse o mesmo que o nitrogênio e o argônio, mais se encontraram com algo que não esperava em absoluto:
Durante a primavera e o verão, a quantidade de oxigênio aumentava até em um 30%, para voltar depois a cair, em outono, aos níveis previstos pela química conhecida.
O padrão se repetia cada primavera, embora de um ano a outro a quantidade de oxigênio adicionado na atmosfera variada.
A única conclusão possível é que algo está produzindo esse oxigênio extra durante os meses quentes.
A primeira vez que vimos isso foi alucinante, afirma Sushil Atreya, da Universidade de Michigan e coautor do estudo publicado em Journal of Geophyscal Research: Planets.
Assim como os científicos descobriram o enigma do oxigênio, os especialistas se colocaram mãos a obra para tratar de explicar-lo.
O primeiro que fizeram foi verificar, por duplicado e triplicado, a precisão do instrumento SAM, que foi o meio dos gases.
Mais tudo funcionava a perfeição. Depois, consideram a possibilidade das moléculas de CO2 ou de água (H20, puderam ser as responsáveis da liberação do excesso do oxigênio, ao quebrar na atmosfera.


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Mais resulta que necessitaria uma quantidade de água cinco vezes superior a que existe na atmosfera marciana para produzir a quantidade de oxigênio detectada e, além, o CO2 se quebra bastante lento para produzir todo o oxigênio detectado esses anos.
O oxigênio e o metano podem ter tanto uma origem biológica (a partir de micróbios, por exemplo, como abiótico (a partir da química da água e as pedras).
Os investigadores estão considerando ambas as oposições, embora pelo momento não exista mais evidências de que exista uma atividade biológica em Marte e o Curiosity, para alto, não dispõe dos instrumentos necessários para dilucidar a questão.
Explica Timothy McConnochie, da Universidade de Maryland e outro dos autores do estudo. Ainda não podemos encontrar um processo que produza a quantidade do oxigênio que necessitamos, para acreditarmos que tem que ser algo na superfície do solo.
Algo que muda estacionalmente, porque não existem suficientes átomos de oxigênio na atmosfera para criar o comportamento que estamos vendo.
Essa é a primeira vez que observamos esse comportamento do oxigênio durante vários anos, e não compreendemos tudo.
Para mi, isso é uma chamada aberta a todas as pessoas inteligentes que estão interessadas no tema: a ver o que vai ocorrer. Concluiu Trainer.