O Mistério dos Três Cosmonautas da Soyuz-11 que Morreram Sorrindo
"No dia 30 de junho de 1971, a nave espacial soviética Soyuz 11 pôs a funcionar o seu sistema automático de aterrissagem, depois de permanecer 24 dias no espaço.
A equipe em terra se sentia satisfeita, apesar de que nos últimos minutos, haviam perdido contato com os cosmonautas: Georgi Dobrovolski, Vladislav Volkov e Viktor Patsayev. Nesse momento, começaria um dos mistérios mais comentados dos anos 70.
Por mais que tivessem perdido o contato ao atravessarem a ionosfera, não havia motivo para preocupação, pois a nave estava aterrissando segundo o previsto. Mas quando os técnicos abriram a escotilha da astronave, viram que os tripulantes sorriam, mas nenhum deles se moveu, nem levantou a mão para saudar. Todos estavam mortos.
Então, começaram as hipóteses para tentar aclarar porque os 3 estavam mortos sem nenhuma deformação nem rastro de terem passado medo durante a aterrissagem. Primeiro jogaram a culpa na descompressão, mas a autópsia não revelou hemorragias internas. Outros sugeriram uma trombose ou pânico que os conduziu a terem uma parada cardíaca, ao pensarem os astronautas, que se espatifariam no chão, mas o sorriso de seus rostos era um enigma.
O último diálogo entre os cosmonautas e a Terra dava motivos para pensar em qualquer outra possível hipótese:
“Aqui Yantar – disse Dobrovolski – tudo vai perfeitamente a bordo. Estamos em plena forma. Preparados para a aterrissagem. Já vejo a estação. O sol brilha.”
“Até daqui a pouco Yantar – respondeu o controle na Terra – Cedo nos veremos na Pátria.
Inicio de manobra de orientação”.
“Aqui Yantar – disse Dobrovolski – tudo vai perfeitamente a bordo. Estamos em plena forma. Preparados para a aterrissagem. Já vejo a estação. O sol brilha.”
“Até daqui a pouco Yantar – respondeu o controle na Terra – Cedo nos veremos na Pátria.
Inicio de manobra de orientação”.
Segundo todas as aparências, estas foram as últimas palavras registradas, parecendo estar tudo bem. Se houve algo mais, as autoridades soviéticas não quiseram revelar. Não obstante, o mistério resiste, ainda que uma falha técnica determinasse uma descompressão da cápsula, o exame da cabine demonstrou “que não apresentava nenhum defeito de estrutura” e que só a perda de uma junta do sistema de fechamento hermético, poderia provocar a catástrofe.
Uma falha como esta condenava os cosmonautas sem a possibilidade de escaparem. Por outra parte durante o voo deveriam ter registrado uma queda de pressão, como ocorreu na Apolo-13, na qual foi detectada imediatamente uma explosão no compartimento de máquinas.
Uma resposta ao mistério seria dada mais tarde pelo doutor Gultekin Gaymec, de origem turca, quem ao ouvir a notícia lembrou que a intensidade de cargas elétricas presentes na atmosfera responde a certos ciclos definidos.
(Aqui vai uma nota do rusmea.com: Pesquisei sobre esse tal Gultekin Gaymec e só encontrei referências a este episódio...O que aumenta a conotação de lenda urbana sobre essa parte da história.)
O médico deduziu que a carga elétrica na ionosfera aumentaram repentinamente até extremos que conduziu a uma aguda alcalose nos astronautas soviéticos. A alcalose ou conteúdo alcalino exageradamente elevado no sangue e tecidos, podem produzir uma parada cardíaca. O anidrido carbônico que se faz presente em excesso no organismo, provoca ríctus no rosto das vitimas, dando o aspecto de estarem sorrindo.
O médico fez provas em voluntários, descobriu uma correlação direta entre os pacientes e os ciclos elétricos atmosféricos: aumentava o índice de sódio e colesterol. Além de que os níveis de potássio caíam, lembrando que o potássio é vital para a correta atividade eléctrica do coração. Estes estudos têm ajudado a blindar melhor as naves espaciais, mas também para assinalar que os campos elétricos da atmosfera, que são provocados pela atividade solar, estão diretamente relacionados a muitas enfermidades, como os ataques do coração.
Apesar de haver uma explicação científica razoável, ainda existem muitas dúvidas do porquê sorriam os astronautas mortos após a aterrissagem automática da nave".
O acidente com a Soyus-11 que levou a vida de 3 cosmonautas, por si só já seria bastante perturbador, terrível e marcante, sem a necessidade adicional de sorrisos fora de lugar.
Reportagem escrita por: Marcos Dias
Comentários
Postar um comentário