Foguete brasileiro ajuda a estudar aurora boreal
As antenas do experimento principal mediram a interação de nuvens de elétrons com as auroras, interação esta que é a principal fonte de interferência sobre os satélites. [Imagem: Trond Abrahamsen/Andoya Space Center] |
Elétrons da aurora boreal
Pesquisadores da Universidade de Oslo e da ESA (Agência Espacial Europeia, na sigla em inglês) realizaram com sucesso um experimento atmosférico batizado de "ICI-4".
Criado para investigar os efeitos dos fenômenos da aurora boreal nos sistemas de navegação e comunicação por satélite, o experimento utilizou o foguete de sondagem VS-30/Orion V11, cujo primeiro estágio é um motor brasileiro.
O foguete foi lançado da base de Andoya, na Noruega, levando oito experimentos científicos, construídos por equipes de vários países.
Com os dados obtidos, os pesquisadores acreditam que poderão estabelecer um sistema de previsão de clima espacial mais confiável e reduzir as interferências sobre as comunicações por satélite.
A principal hipótese é que nuvens de elétrons interagem com as partículas e campos gerados durante as auroras, produzindo as interferências nos satélites de comunicação.
A missão é de elevado risco porque é necessário coletar dados em alta velocidade - o foguete move-se a 1.000 m/s - e, mais importante, acertar em cheio a aurora, um fenômeno em constante mutação.
A Agência Espacial Brasileira (AEB), o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) são as entidades nacionais envolvidas no evento.
Fonte: Inovação Tecnológica
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