Ufologos estão fazendo análises para saber

Até agora, os únicos exemplos de vida que encontramos estão aqui no nosso próprio planeta. Não é por falta de tentativas, já enviamos sondas para diversos pontos do nosso sistema solar e até agora ainda estamos sozinhos. E se o problema não é onde nós estamos olhando, mas quando estamos olhando?

Um estudo da Journal of Cosmology and Astroparticle olha para a possibilidade de que a vida como a conhecemos pode não necessitar de estrelas semelhantes ao nosso Sol, mas poderia surgir em planetas que orbitam estrelas muito menores, mais fracas (falando em termos de emissão de energia). Seguindo este raciocínio, é mais provável que a vida surja nesses ambientes apenas no futuro distante.

“É natural para nós pensarmos que somos o tipo mais comum de vida, já que somos a única vida que conhecemos. Assim, as pessoas pensavam que estar perto de uma estrela como o Sol é o local mais provável para que a vida surja”, argumenta o autor principal do trabalho, Avi Leob, da Universidade de Harvard.

 Se você descarta a suposição de que precisamos de uma estrela semelhante ao Sol para sustentar a vida, então há
toda uma nova classe de estrelas menores e menos poderosas, portanto, mais comuns para abrigar vida. Elas são chamados de estrelas de pouca massa.

Embora estas estrelas produzem menos luz e calor do que o nosso sol, elas ainda emitem o suficiente para criar zonas potencialmente habitáveis que poderiam suportar água líquida em planetas rochosos em órbita. Além desse tipo de estrela ser mais comum no universo do que as estrelas semelhantes ao Sol, elas também têm vida média muito mais longa, cerca de mil vezes maior que a do Sol.

Com essas informações, Leob calculou que é muito mais provável que o surgimento da vida nesses locais aconteça no futuro distante. “Se você permitir que estrelas de pouca massa tenham vida da mesma forma que encontramos vida aqui na Terra, então a probabilidade de que a vida apareça nos próximos 10 trilhões de ano é mil vezes maior”, diz ele.

E, no entanto, não estamos orbitando uma estrela de pouca massa trilhões de anos no futuro. Estamos aqui e agora e este é o único lugar que já encontrou-se vida. Isso sugere uma explicação intrigante. Talvez estamos simplesmente procurando por ela muito cedo.

Em outras palavras, é possível que estejamos sozinhos no universo neste momento, mas apenas por que aparecemos muito antes do que as outras formas de vida com potencial para surgir perto das estrelas de pouca massa. Se essa hipótese estiver correta, a verdadeira explosão de vida no universo ainda não aconteceu.

Ao analisar as atmosferas de planetas que orbitam ao redor de estrelas de pouca massa, cientistas podem procurar biomarcadores que podem sugerir se esses planetas podem suportar ou não a vida. Ao descobrirem as condições ideais, então a hipótese de que chegamos muito cedo vai se fortalecer. Precisamos ter calma, ainda é cedo.