O Grande Salto da humanidade


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“A Águia pousou”. Do módulo lunar, o comandante Armstrong tranqüiliza a Terra. Estava prestes a acontecer a maior de todas as aventuras humanas. Mais de 500 milhões de terráqueos acompanhariam, naquele fim de tarde do dia 20 de julho de 1969, os primeiros passos dados por um homem sobre a superfície cinzenta e empoeirada da Lua. “Um pequeno passo para o homem. Um grande salto para a humanidade”, afirmou Armstrong.
A odisseia iniciada pela Apollo 11 e seus famosos ‘homens da Lua’ foi bastante comemorada na época e ainda hoje é. As marcas deixadas pelas botas dos astronautas foram o marco da conquista do espaço. Uma conquista eminentemente política dos Estados Unidos, é verdade. Mas também a concretização de um sonho que sempre povoou o imaginário do ser humano. A cobiça pela Lua surgiu quando o primeiro homem ergueu os olhos para o céu. Foi relatada pelo escritor francês Julio Verne, que previu a chegada do homem à Lua com tamanha riqueza de detalhes, precisando até que a expedição sairia da Flórida como, de fato, aconteceu.
A ida à Lua abriu uma nova perspectiva na maneira de ver o Cosmo: não mais como um espaço exclusivo dos sonhos, mas como uma base científica para vôos maiores e mais ousados. Embora as seis viagens da missão Apollo não tenham conseguido esclarecer algumas das principais dúvidas dos cientistas, como a possibilidade de existência de água nas crateras lunares, a chegada à Lua é um dos mais importantes capítulos na busca do homem pela descoberta de vida em outros planetas. De longe, a grande inquietação intelectual da humanidade no próximo milênio.
OUTROS PLANETAS – Após a chegada do homem à Lua, o grande desafio da humanidade, agora, é descobrir a existência de vida em outros planetas. O maior passo em busca desse propósito foi dado no dia 4 de julho de 1997, quando a sonda espacial Mars Pathfinder - levando um pequeno jipe, o Sojourner - pousou no Planeta Vermelho. A conquista revelou ao mundo que Marte era muito mais parecido com a Terra do que a Lua. Trouxe esperanças de que a quantidade de água também fosse muito maior do que a existente na Terra. Descobertas que foram acompanhadas por milhares de pessoas.


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O feito tecnológico e histórico, tão comemorado pelos cientistas americanos, na realidade, foi um marco do reinício das pesquisas no solo marciano, já que, em 1975, as missões Viking já haviam sido lançadas para desbravar o ambiente do Planeta Vermelho. Assim como o Sojouner, as Vikings eram robôs destinados a fazer pesquisas no solo marciano.
Em meio às muitas descobertas, a superfície árida do solo marciano chegou a servir como um ‘sinal’ para o que poderia acontecer com a Terra, caso o buraco na nossa camada de ozônio continue aumentando. Os cientistas foram taxativos: se não tivermos cuidado, em alguns anos, a Terra poderá se converter em um planeta tão deserto quanto Marte.