O-CASO-BARROSO-EM-QUIXADA

O ônibus pulava sobre o asfalto. Amanhecia e olhei pela janela empoeirada. Viajava sobre um território amplo semi desértico e praticamente despovoado do "sertão brasileiro" no Estado do Ceará, no nordeste do Brasil.
Ali, em volta da cidade de Quixadá, se existem centenas de "monolitos", gigantescas granitos que alcançam vários quilômetros de longitude e grande altura.
Durante o dia parece com tons dourados e, ao crepúsculo, são azulados. Me perguntei o que fazia ali, até que me lembrei do que me haviam dito em Fortaleza, a capital do Estado do Ceará: Em Quixadá a atividade Ovini era tão intensa que decidiram denominar a zona como "Capital dos Pratos Voadores". 
 O primeiro contato, em um bar, me confirmou o que tinha ouvido: pela noite a gente se sente nas calçadas para olhar o céu e observar luzes que não são nem aviões, nem helicópteros, nem globos, nem satélites.
Me hospedei em um hotel meio limpo, e comecei a revisar meus recortes jornalísticos. Estava ali não só pelas luzes estranhas; mas bem por um destes casos que produzem inquietude e cepticismo, ou uma supostas intervenção alienígena.
A madrugada do dia de 3 de abril de 1976 foi uma daa fatídica para o comerciante Luiz barroso Fernandez, então com 53 anos.
Pelas 4:30 da madrugada saiu de sua casa em Quixadá com destino a fazenda Santa Fé, a 16 km do centro de urbe. 
Repetiu o gesto monótomo de colocar a cela no burro e subir na velha carroça.
Se despediu de sua mulher com um beijo e de um dos filhos. Luiz ia pensando nos produtos que tinha que pegar, quando próxima das cinco escutou um estranho zumbido que vinha atrás.
Levantou a vista e viu uma luz que passou sobre sua cabeça e parou a uns 30 metros mais adiante sobre a carroça. 
Aquilo parecia ser mais grande um que carro e tinha forma de roda.

Uma das versões que existem sobre esse caso é que Barroso distinguiu uma janela naquela luminosidade e, em seu interior, duas silhuetas que pareciam ser pessoas.
Um golpe de luz passou no animal e Barroso, ficando ambos paralisados.
O homem desfaleceu quase imediato. Quando um vaqueiro o encontrou duas horas depois, era sete horas da manhã, e estava a 5 km da fazenda, e permanecia sentada na carroça.
Estava visivelmente atordoado, padecia de um intendo dor de cabeça e não se lembrava do que tinha acontecido depois do impacto.
O vaqueiro o acompanhou até sua casa, mais Barroso não contou nada o que tinha acontecido, temendo que fosse chamado de louco.
Atendido por sua mulher e um amigo, estes decidiram levar-lo a seu médico de família, o Doutor Antônio Moreira Magalhães.
Para saciar minhas dúvidas me dirigi ao ufólogo Antônio Arvácio de Carvalho Lobo, quem me conduziu a residência do Citado doutor. Ali tivemos uma interessante conversa. 


 O QUE VIU BARROSO NAQUELA MADRUGADA?



No dia seguinte do acontecimento, me disse que viu sobre o asfalto uma luz estranha. O burro ficou parado. Daquela luz se abriu uma porta e uma coisa saiu de dentro e ficou olhando para ele.
Então lhe perguntei: "Se uma coisa olha é porque tem olhos, não é assim?".
E barroso me contestou: "Não! Não tinha olhos". Ele me insistiu nesta história e adicionou que aquela coisa que não sabia ou temia descrever parecia flutuar no ar, ou por menos não tocava o chão.
Me repedia que ele não estava louco, mais não adicionou mais a está experiência dizendo-me que tinha perdido a consciência.


 E SEU ESTADO FÍSICO


Ele tinha um lado meio envermelhado e seguia confuso.
Eu não prescrevi um tranquilizante, kiatrium, mais não serviu nada.
Eu mandei a um hospital especializado de Fortaleza e eles tampouco teve bons resultados.
Lhe acompanhei em todo seu lento processo degenerativo até sua morte.
Em pouco tempo seu cabelo se tornou cinza, perdeu a memória e ficou impotente. 
Quase não comia, não parecia envelhecer fisicamente, sua mentalidade ficou reduzida a de um bebe de uns quatro meses. 
Tinha uma mulher que lhe ajudava em tudo, pois sua faculdades motoras estavam prejudicadas. Morreu de broncopneumonia. 

O-MISTERIOSO-CASO-BARROSO


VOCÊS ACREDITAM NA HISTÓRIA DE SEU ENCONTRO COM SUPOSTOS EXTRATERRESTRES? 


No princípio não, mais logo me deu conta que não mentia.
Ainda aqui, nesta regão, tem várias aparições de Ovnis, embora eu não concedi demasiada atenção no assunto.
Mais em concreto no caso Barroso tentei averiguar sobre sua família e sua credibilidade.
Era uma pessoa que não mentia, não tinha problemas sérios, não devia dinheiro a ninguém, em fim, era uma pessoa absolutamente normal.
Embora, já não conhecia antes do incidente e sua saúde era boa. Me surpreendeu sua doença, ao igual que aos médicos de Fortaleza.

 NÃO FOI FEITA UMA AUTOPSIA?


 Não. Então o atestado de óbito foi assinado e nada mais.
Quando Barroso morreu, Magalhães ficou surpreso com aquele cadáver. Este não apresentava a habitual palidez cadavérica, mas ao contrário, corava. Nos últimos dois anos, ele parecia ter rejuvenescido, especialmente a pele do rosto. Lá, no seu caixão, Barroso parecia sorrir


MEDO DE FLASH 



No dia seguinte fui à mercearia que pertencia a Barroso e agora gere a sua viúva, a sexagenária Teresinha de Sousa Fernandes. É uma mulher simples e trabalhadora. Madruga para abrir a loja e organizar tudo. Ali a entrevistei.
Fui a primeira pessoa com quem Luiz falou depois do que aconteceu. E foi no dia seguinte, porque quando o levaram para casa, foi muito ruim. Ele me disse que era noite quando viu um dispositivo, uma luz muito forte que chegou bem perto de seu carro. Primeiro ele ouviu um grito.


O QUE FOI QUE ELE VIU?



Bem, ele me disse que havia uma pequena janela na luz e dentro de uma pessoa, mas que eu não conseguia ver como era. Ele não podia ver bem a forma da janela que estava na luz, porque no fundo eram todas as luzes azuis, vermelhas e verdes, muito fortes. Luiz saiu do treinador, sentiu-se mal e desmaiou. Foi tudo o que ele disse.

QUEM O SALVOU DE MANHÃ?


Um camponês encontrou-o na estrada, meio atordoado. Ele a ajudou a voltar para o ônibus e voltou para casa. Eu o levei imediatamente ao médico, que lhe deu algo para dormir. Ele realmente dormiu muito, mas quando ele acordou eu perguntei se ele era melhor e ele disse que não.


EM QUE CONDIÇÃO FÍSICA FICOU?


Parecia que ele estava tonto. Eu não comi quase nada nos primeiros dias. Pouco a pouco ele se acostumou a ser alimentado, como uma criança. Como não melhorou e começou a perder a memória, o Dr. Magalhães levou-o para um hospital em Fortaleza, em Miranópolis, especializado em doenças de cabeça. Lá eles fizeram um eletroencefalograma e viram que havia uma lesão simples, mas não sei se me disseram isso só para me animar. Eles o admitiram e deram a ele medicamentos cada vez mais fortes, mas ele não melhorou; pelo contrário, piorou. Ele se sentiu mais magro e seus pés estavam inchados. Quase um mês depois, decidi tirá-lo de lá e levá-lo para casa novamente. Eu disse que se ele tivesse que morrer, ele deveria ir para casa. Liguei para minha irmã para vir e cuidar dele, arrumar ele, ajudá-lo a se aliviar. Dois meses depois de voltar do hospital, ele estava mais forte, mais gordo, seus pés já não estavam inchados, mas sua cabeça estava ruim. Ele me chamou de "mãe" e depois de um ano um americano veio vê-lo.

VOCÊ LEMBRA QUEM FOI?


Não, mas ele veio com o Dr. Magalhães. Quando o estrangeiro tirou a primeira foto com flash, meu marido soltou um grito e pegou a mão do médico. Imediatamente ele começou a chorar. Eles disseram que isso poderia ser uma prova de que Luiz não estava mentindo, que a luz do lampejo despertou a lembrança daquela má luminosidade que o afetou pela vida. Eu não duvidei do meu marido.
A mulher, excitada, tirou de dentro de uma gaveta o obituário de seu marido. Era a foto de um homem ainda jovem e destacava as datas de seu nascimento e morte: 25 de agosto de 1924 e 1 de abril de 1993, quase 70 anos de idade. Ele morreu depois de 17 anos de sofrimento e agonia.


BARROSO NÃO FOI O ÚNICO?



 Mais tarde, soube que o estranho que visitou Luiz Barroso era Gary Dale Richman, correspondente do National Enquirer -USE- que veio com um intérprete. Encontraram Luiz em uma espreguiçadeira, bastante gorda e com a mentalidade de um bebê. Ele quase não falou e só falou palavras como "mama", "medo" e "da". Ele sorriu infantilmente e esticou o braço como se estivesse se despedindo, ou apertando as mãos das pessoas que se aproximavam. Um grande ufologista americano, Bob Pratt, estava na casa de Barroso em 1986 e também encontrou a prostração afetada em uma espreguiçadeira em um estado vegetal.
Alguns dias depois do ocorrido, em 22 de abril de 1976, a estudante Francisca Roseti da Siva, de 23 anos, e seu irmão Antônio Leudo da Silva, de 12 anos, mudaram-se de sua casa para a escola em Quixadá quando perceberam uma luz muito forte. intensa suspensa entre a vegetação. A garota recebeu um "golpe de luz" no rosto e se sentiu tonta e cega. Aterrorizada, ela correu para sua residência onde ela desmaiou.
 Seu pai, Antonio Fernandez da Silva, levou ao hospital; Ele chegou com os olhos muito inchados. Além disso, ele teve vários hematomas espalhados no corpo e vários arranjos provocados pelos cabelos que se procuravam para esconder na vegetação. Ou o médico da plantation, Laércio de Castro, que explicou que os olfae pareciam afetados por um forte calor. Seu irmão Antonio não sofreu nada e confirmou a historia, ponto por ponto.
Na mesma data, o radialista local José Carlos Sinval afirmou ter visto um objeto redondo com luzes multicoloridas, esvoaçando em direção ao outro lado da pista de Quixadá. Outras testemunhas, Gonçalo Costa e João Rosa de Almeida, viram um UFO redondo, que se deslocou lentamente entre Jaburu e Quixadá.
Nos anos noventa do século passado, uma professora da escola primária, Fátima Liduina Pereira Leite, testemunhou um episódio muito estranho. Ele estava viajando entre Quixadá e Quixeramobím por volta das 9:30 da noite quando um objeto amarelo brilhante. Tinha dois ou três metros de diâmetro e parecia seguir sua veia, "polindo" de um lado a outro, sondando uma luz não asfáltica. Logo ou por último se aproximou e demoliu, sem brisa, alguns "fios" de uma subestimação que Fátima mais tarde chamava de "pegajosa", atingindo ou não um barulho como "forte forte". Mas o céu estava coberto de estrelas e sem nuvens



CABELO OVNI PESADO



Meu novo amigo, Orvácio de Carvalho, me levou para a casa de José Hudson Bezerra Viana, de 60 anos, músico e compositor. Sua experiência ufológica deixou sequelas psicológicas; Verdade verdadeira para a luz misteriosa.
Eu não estava na primeira vez. Eu não comecei dois noventa anos com a gente, quando vi, na estrada, uma parte de uma menor, menor. Como por magia, não desapareça.


CONTA COM QUE ACONTECEU COM VOCÊ RECENTEMENTE


Eu não gosto de falar sobre isso, mais do que você é um pesquisador, eu vou te dizer. Aconteceu em 4 de outubro de 1998, quando foi responsável por um show em uma cidade perto de Quixadá, com outros três músicos e assistentes. De repente, sentimos que uma luz intensa nos iluminou por trás. É o caso da Galinha Choca, um enorme monólito em forma de uma galinha que foi construída em miniatura, além da estrada de terra. Meu amigo Jean, que viu sua camisa por causa do calor, me disse que a luz havia queimado suas costas. Eu fiquei com o corpo sonolento e o cabelo no braço que foi encastado na janela, foi como chamuscado. Você fusíveis do carro? Eu quase entrei em pânico; Essa luz nos iluminou frontalmente, teria queimado nossos rostos e peças desconcobertas do corpo.


O QUE ACONTECEU DEPOIS?


Eu olhei de novo no espelho retrovisor e a luz se foi. Nós não tivemos coragem de sair do carro. Lembro-me de que a luz era tão forte que iluminava intensamente as estacas das cercas das haciendas, formando-se em torno de uma espécie de aura ou halo.

O CARRO QUEIMOU?


Sim, de fato. A tinta perdeu o brilho e alguns fusíveis derreteram. Mas o pior aconteceu com um novo amplificador de som: vários transistores foram queimados sem motivo aparente.
Naquele mesmo dia entrevistei o jornalista Jonas de Souza, que em 1995 chegou a ver quatro OVNIs na fazenda Monte Alegre - a 3 km de Quixadá - que desapareciam em velocidades que nenhum avião conseguia alcançar.
"Eu também conheci o Sr. Barroso, esse homem sofreu muito até o fim de sua vida, eu acredito em sua história, ele me convence", disse o jornalista, que escreveu dezenas de artigos sobre aparições de OVNIs em Quixadá.


DOIS HUMANOIDES?


Voltei para Fortaleza; Eu tive que encontrar o Reginaldo de Athayde, um dos ufologistas e veteranos mais importantes do Brasil. Ele me recebeu efusivamente na sede do "Centro de Pesquisas Ufológicas", que ele mesmo preside desde sua fundação em 1959, e onde abriga um pequeno museu de OVNIs.



Para mim, o caso Barroso é um dos mais importantes da ufologia mundial; os médicos, no total 17, não sabiam diagnosticar sua doença, sua regressão mental irreprimível.


VOCÊ PODERIA VER OS RELATÓRIOS MÉDICOS?



Não, porque eles não me deixaram vê-los, alegando a confidencialidade deles. Falei com os dois médicos que o trataram, neurologistas e psiquiatras. O Dr. Glauco Lobo recusou-se a falar comigo e o Dr. José Pelegrino Alves, já falecido, que era meu amigo, disse-me que o caso Barroso era inexplicável, mas que ele não acreditava em nada sobre OVNIs. Ele também criticou o Dr. Magalhães por escrever em seu relatório médico que seu paciente havia sofrido um "possível ataque por um navio alienígena". 

 Athayde descobriu que no mesmo dia do ataque, um pouco mais cedo, às 4h30 da madrugada, alguns soldados da seção de tiro militar viram, durante seus exercícios físicos, um objeto em forma de disco que se afastou alguns metros. de altura e emitiu uma luz muito forte. Eles acreditavam que era um foguete lançado da Barreira do Inferno, a mais de mil quilômetros de distância de lá. Seria o mesmo objeto que Barroso viu pouco depois?

O ufologista de Fortaleza tentou encontrar hipnotizadores para realizar uma experiência regressiva com Barroso, e descobrir se ele havia sido sequestrado durante aquelas duas horas em que esteve inconsciente. Ele não teve sucesso, porque um era muito caro e o outro, um jesuíta, recusou, pois ele não acreditava em OVNIs

Embora existam várias versões do fatídico "confronto" de Barroso, a verdade é que algo extraordinário e incomum aconteceu ao comerciante. Talvez o impacto emocional e físico causado pela luz misteriosa tenha deixado o infeliz testemunho irremediavelmente confuso, incapaz de ter uma visão clara do evento desastroso que ele teve de viver.