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A história de uma grande inundação assolando a terra e causando uma destruição extrema tem sido documentada no folclore de quase todas as culturas do mundo, havendo autores que estima  que puderam existir mais de 500 relatos por todo o mundo narrando tal evento. Todos eles com uma surpreendente consistência das coincidências entre as narrações de culturas apostas e localizadas a grandes distâncias entre si.
No oriente existem também várias versões do relato do grande diluvio, de seus motivos e consequências. A nação chinesa possui várias dessas lendas em sua história, tal é o caso da lenda da "família de Fuhi". As únicas pessoas sobre a face do mundo que conseguiram sobreviver a catástrofe em um barco e com propósito de povoar a terra.
Outro mito da ancestral chinesa conta como o deus supremo encomendou ao deus da água criar o diluvio para inundar a terra como castigo pela desobediência humana até um que herói decidiu enfrentar-se aos deuses tratando de parar o incessante aumento das águas e consequente extinção.

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Em outra lenda do mesmo país se narra que um menino e uma menina, irmãos, foram os únicos sobreviventes do diluvio e que, com eles, salvaram uma casal de cada animal. Navegaram durante 7 dias e 7 noites e foi um galo a ave que indiciou que as águas tinha abaixado.
Por toda Ásia prevalece a narração do diluvio. No norte da Sibéria, segundo a lenda foram 7 pessoas que conseguiram se salvar. Porém, na região central, são os dias e as noites nas que rugiu a tempestade.
Nama é o equivalente a Noé da região da Ásia central, a quem deus mandou fazer a construção de uma grande arca que houve de colocar diferentes animais e na qual resguardou junto a sua mulher e seus três filhos da terrível tempestade. De novo colocou um corvo e uma pomba para conseguir noticias sobre o estado das águas.


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Pode ser que o nível das águas chegara até as mais altas do planetas pois no Tibet também é narrada a lenda de uma inundação que cobriu todo o país até que o deus Gya se compadeceu e teve que drenar as águas. Depois mandou a terra a uns responsáveis para civilizar aos homens que sobreviveram.
Em ocasiões os sobreviventes da divina cólera são prevenidos não por algum deus mais sim por outra figura. Este é o caso da narração do norte da Tailândia na qual um irmão e uma irmã são advertidos por uma rata na qual tentaram salvar, ou a lenda própria da Mongólia na qual um caçador salva a uma serpente branca de ser devorada. A serpente resultou ser a filho do rei dragão que lhe recompensou com o dom de compreender a linguagem dos animais, graças a isso pode escutar a uns pássaro falar da vinda da grande inundação.
Outra versão do relato introduz um personagem mais: o demônio.
Os Burtat na Sibéria contam como deus ordenou a um homem a construção de uma embarcação de madeira e este homem manteve sua missão em segredo excluindo inclusive sua própria mulher e desculpando dizendo que suas longas jornadas no bosque tinha como o fim de cortas madeira. Assim que o demônio lhe contou a verdade sobre os assuntos de seu marido a mulher e lhe aconselhou não embarcar chegado o momento, indicação que ella obedeceu deixando o demônio um motivo para negociar um lugar a bordo para si mesmo.

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A vizinha tribo dos Sagaiye conta uma história parecida. Nesta versão o demônio tentou a mulher de Noj para que descobrisse que estava construindo seu marido no bosque. Ao descobrir-lo e contando ao tentador, este atua como a Penélope homérica destruindo durante a noite que Noj tinha construído durante o dia. Quando a tempestade começou, a embarcação não estava disposta pelo que deus se viu obrigado a mandar uma embarcação de ferro na que salvar a família humana e a vários animais.
O demônio também tem um papel na lenda russa, segundo a qual conseguiu inadvertidamente salvar-se dentro da área convencimento a mulher de Noé para que embebedasse a seu marido.
Neste continente também existe vários mitos que colocam manifestos que não somente o diluvio foi criado pelos deuses mais sim que o motivo do mesmo foi castigar os homens.
A tribo Singpho que hábita na Índia, China e Myanmar conta que o homem se negou a fazer sacrifícios aos deuses, eles ficaram enfurecidos e quase extinguiram a humanidade deixando 4 sobreviventes, dois casais, que se converteram nos ancestrais da nova humanidade. 
Segundo o mito narrado na Índia central, os homens se voltaram perversos e preguiçoso e deus se arrependeu de ter criado, mandando o grande diluvio para destruir-los.
Quase igual é o relato das ilhas Andaman localizadas na Bahia de Bengala. Neste arquipélago também se diz que tempo depois de sua criaçã, o ser humano se tornou desobediente e deus, tremedamente enfurecido, criou um diluvio que arrasou com tudo. Somente dois casais se salvaram pela casualidade de encontrar-se navegando durante o acontecimento.
Como foi indicado, se calcula que existem mais de 500 lendas no mundo que guada em suas lembranças o registro do fatal evento repartidas em mais de 250 culturas. James Perloff indica em seu livro "Tornado in a Junkyard" o seguinte:

"Em 95% de mais lendas sobre o diluvio, o diluvio foi universal: em 88% uma família foi salvada, no 70%, a sobrevivência foi um meio de um barco; em 67% também se salvou aos animais; em 66% o diluvio se deveu pela maldade do homem; em 66% dos sobreviventes tinha sido prevenidos; em 57% terminaram em uma montanha; em 35% foi enviadas aves do barco; e em 9% exatamente 8 pessoas se salvaram".
Resulta evidente a par que surpreendente a incrível semelhança de tantos relatos ao redor do planeta obviando a impactante coincidência de que lenda possa ser encontrada em cada nação e em cada cultura chegando inclusive a populações dos lugares habitados mais remotos do globo.
Se várias destas civilizações, segundo nos diz, não tiveram contato entre si. Porque aparece o mesmo relato?, uma e outra vez, no folclore e as tradições de cada povo? Indicaria isso que o evento realmente teve lugar e foram os sobreviventes de cada regiões encarregadas de guardar a lembrança da mesmo na tradição?.
Apesar das sutis diferenças entre as diferentes narrações é facilmente apreciável que o núcleo principal das histórias se mantem na maioria das lendas fazendo de cada relato o mesmo, embora contado de forma diferente.

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