O centro da cidade de Salta na argentina fica entre bares e edifícios coloniais, uma das instituições mais prestigiosas a nível nacional e mundial: O museu de Arqueologia de Alta montanha. Mais conhecida como MAAM, seu inicio se originou graças a um dos descobrimentos mais impactantes e relevantes das últimas décadas na Argentina e a nível global, e a vontade preserva-lo e estuda-lo: o achado, em março de 1999, dos corpos de três crianças extremamente bem conservados pelo fio do cume do vulcão Llullaillaco, a 6,700 metros de altura sobre o nível do mar.
As "Crianças de Llullaillaco" atraem faz anos a milhares de pessoas que ficam envolta desse museu de Salta para observar um dos maiores remanescente da cultura incaica.
As investigações realizadas pelos científicos que trabalham incansavelmente para saber cada dia mas sobre como funcionava uma das maiores e mais modernas civilizações antigas, revelaram que essas crianças viveram há mais de 500 anos, durante o apogeu do Estado Inca, pouco antes da chegada dos espanhóis ao continente.
Cabe destacar que também se encontra em exibição uma coleção dos objetos que foram encontrados no mesmo sitio arqueológico: mas de 150 que compartem seu roupas funerárias, um muito particular mundo em miniatura que acompanhou a essas crianças em sua viagem ao além.
Com uma visão científica e uma metodologia didática, o MAAM trata de oferecer a seus visitantes uma abordagem a uma das maiores culturas de todos os tempos, através do entendimento de seus costumes e tradições. Os laboratórios desenvolvido a raiz deste descobrimento permitiram que se conservem eficazmente s três corpos e suas roupas, para preservar uma época na qual as oferendas humanas eram de formas de aproximar aos deuses, e uma maneira de morrer e unir povos inteiros.
O MAAM ocupa um histórico edifício de meados do século XIX, cuja fachada foi restaurada e responde ao estilo neo-gótico victoriano. Seu interior foi remodelado por completo, conservado a estrutura mais criando espaços amplos, ideais para um museu.
Conta com uma área de exposição permanente e outra para exposições temporárias. Os visitantes podem recorrer seus três níveis, que se convertem em um trajeto histórico e científico, especialmente desenhado para o estudo e entendimento de sua atração principal.
"O MAAM é um museu muito particular no sentido que, a diferença de outros museus que se formam pela sumatoria de descobrimentos, este museu se formou com somente um achado arqueológico, que é o achado dos corpos das três crianças encontrados no cume do vulcão a 6.700 metros de altura. Isso constitui o sitio arqueológico mais alto do mundo".
O americano Johan Reinhard foi quem realizou o encontro. Tinha estados anos antes em Salta, e lembrava um lugar localizado no cume do vulcão Llullaillaco que tinha chamado a atenção.
Depois de vários descobrimentos na América Latina em lugares semelhantes ao que posteriormente se fez o encontro das crianças, decidiu voltar e organizar uma expedição: na sexta-feira no dia 26 de fevereiro de 1999 partiu da cidade de Salta com uma equipe integrado por catorze pessoas: dois americanos, seis argentinos, e seis peruanos.
Na quarta-feira de 17 de março, o peruano Arcadio Mamaní descobriu no setor Sul da Plataforma o enterratório da criança e suas roupas.
Nesse mesmo dia, mais ao norte, o Salteño Antonio Mercado e o peruano Ruddy Perea localizaram o corpo da Moça. O lugar do enterro da Menina do Rayo foi descoberto dois dias depois pelo peruano Orlando Jaen.
Mais, quem eram essas crianças? Vitry afirma que "não eram incas mais se eram nobles mediantes os quais tinha alianças e casamentos simbólicos. As aldeias ofereciam suas crianças, os casavam, e desta maneira ficavam parentes com uma aliança.
No sitio encontrou um casal de 6 e 7 anos a uma jovem de uns 15, que, por sua roupa, era uma sacerdotisa, a qual dava a proteção necessária para seu passo ao além.
"Os três corpos foram encontrados acompanhados por 150 objetos em miniatura, que são semelhantes mais diferentes", assegura o arqueólogo. "Estão feitas com a base de três elementos: ouro, prata e um concha marina de cor salmão. Esses elementos tem um significados muitos importantes. Oouro representa a linha masculina, o sol, Para os Incas, o ouro era "as lágrimas do sol", e a sua vez, também representado pelo milho. Por outro lado, a prata é linha feminina. A lua é o astro que o representa e a batata é seu equivalente na terra, subterrânea e arraigada no chão, enquanto que o milho se projeta para o sol. A concha marina tem um significado quase supremo que é fertilidade".
Porém, não somente as miniaturas encerram um significado. O fato que as crianças terem sidos enterrados vivos no cume da montanha revela que uma relação muito apegada da cultura com esta, e isso precisamente o que explica Vitry: "A forma da montanha era extremamente importante por vários motivos. As montanhas são grandes reservátorios de água, e onde existe água, existe vida.
No lugar mais árido do mundo, se existe água, existe vida. Por outro lado, a quebra do horizonte e a projeção para o céu fazem que a montanha esteja mais cerca da divindade, do sol, da lua, das estrelas, do mais além e do desconhecido. Tudo é simbolismo implícito".
Mais, as montanhas também tem uma significado divino para os Incas. Vittry revela que "as montanhas sempre foram veneradas, mais antes que chegaram a região dos Incas, não subiam porque
eram moradas dos deuses. Mais quando chegou esta civilização, como eles se consideravam aliados dos deuses, ou inclusive deuses, como se apresentavam a si mesmos em seu processo de expansão depois os demais povos, se atreveram a subir essas montanhas e, controtodo pronóstico, para as pessoas que viviam ali que pensava que nunca iam voltar, voltaram, no qual lhes deu poder político, mais fundamentalmente poder simbólico, e com isso se ganhaoram o respeito das outras sociedades".
O que pode impactar o visitante que se aproxima deste museu pela primeira vez, é ver crianças que, nunca as três ao mesmo tempo, estão expostas atrás do vidro, preservadas quase perfeitamente graças a um sistema de refrigeração do mais alto nível. . No entanto, Vitry explica que, para os incas, o fato de um corpo ser exibido dessa forma lhes causaria orgulho, já que sua relação com a morte era muito diferente da atual. Naquela época, em certas épocas do ano, as pessoas desenterravam seus entes queridos falecidos e os acompanhavam, mostravam-lhes. Isso foi um sinal de respeito. Hoje, parece uma loucura, uma aberração, mas você deve ter em mente que eles eram outras vezes, e a cultura da civilização Inca funcionou de uma maneira muito diferente de hoje.
Sim, eles morreram porque foram oferecidos como tributos aos seus deuses. Sim, eles foram enterrados vivos. Mas isso não deve gerar rejeição, mas a exposição visa entender um povo e tornar suas crenças conhecidas. "As crianças foram enterradas vivas, cobertas de terra em um poço de quase 2 metros. Para dormir, costumavam dar chicha, espírito de milho", diz Vitry, que também lembra que essas crianças "faziam parte de uma oferenda aos deuses". e não devemos julgar esses rituais com a nossa aparência atual. Hoje, pareceria aterrorizante, mas eram outros costumes ”.
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