Cientistas recuperam a voz da múmia de um sacerdote egípcio morto há 3.000 anos atrás
Os investigadores conseguiram imitar a voz depois de recrear grande parte de
seu traço vocal utilizando scanners médicos, uma impressora 3D e uma laringe
eletrônica.
O som apenas dura
um segundo e poderia ser qualquer coisa, desde um gemido até uma exclamação. Equipes
de científicos britânicos conseguiram fazer esse fato de recuperar a fala ao
corpo mumificado de Nesyamun, um sacerdote que habitou o Egito dos faraós há
mais de três milênios atrás.
"O estudo foi
o resultado de um trabalho de sete anos que começou em 2013", essa noticia
foi confirmado pelo Joann Fletcher, egiptologia da universidade inglesa de
York. "É extremadamente emocionantes. Em toda minha carreira foi capaz de
ver os antigos egípcios através de seus corpos mumificados. Poder agora os
escutar resulta incrível", afirma a
cientifica em conversação com essa noticia.
"É somente o
princípio de um projeto que segue seu curso. Estamos muito ilusionado com seu
potencial", confessa Fletcher. "É um estudo muito significativo
porque se trata da primeira vez que uma voz do antigo Egito tem sido recreada
com precisão. E isso supõe que a gente poderá a partir de agora conectar com
essa civilização de um modo completamente novo”, afirmou.
A investigação,
publicada em uma quinta-feira na revista Scientific Reports, está acompanhada
do som que colocaram em provas os fatos que foram submetidos do cadáver de
Nesyamun, que viveu durante os turbulentos tempos do faraó Ramsés XI (1099-1069
a.C) e ganharam os quartos como escriba e sacerdote no imenso templo de Karnak,
no atual Luxor, a 600 quilômetros do Cairo.
E equipe
multidisciplinar encontrou seu objeto de estudo nas salas do Museu de Leeds e o
transladou até um hospital público da cidade do norte da Inglaterra, onde foi
explorado por tomografias computarizadas para "verificar se uma parte
significativa da estrutura da laringe e da garganta de Nesyamun havia
permanecido intacta", detalha ensaio.
CADA VOZ É ÚNICA
As dimensões do
traço vocal de cada pessoa provocam que cada voz seja única. Para o bem da
pessoa, o tecido brando do traço vocal constituído pela cavidade oral, nasal, a
faringe e a laringe de Nesyamun não havia extraviado por completo embora a
língua perdesse grande parte de seu volume depois de três milénios em volto em
um papelão, o que resta precisão ao tom de voz do sacerdote.
"Conseguimos
um som fiel ao traço vocal que lhe confere sua posição atual mais não podemos
esperar que seja idêntica a sua voz original devido ao estado de sua
língua", afirmou David M. Howard, da universidade Royal Hollowav de
Londres e um dos que fizeram o projeto, que surgiu durante uma das
apresentações sobre o traço vocal e a possibilidade de proporcionar sons vocais
a aqueles que perderam a laringe depois de um acidente ou uma cirurgia.
O escaneamento
permitiu aos científicos medem a forma do traço vocal partindo das imagens da
tomografia. Se baseando nas medições conseguidas, criaram um traço vocal
impresso em 3D para Nesyamum e usaram como uma laringe artificial empregada nos
programas de sínteses de voz atuais. Assim foi trabalhada a ressurreição de sua
voz, depois de uma eternidade em um sepulcro silencioso.
De momento, a
insólita prova não foi capaz de sintetizar as palavras ou orações completas
porque é necessário saber a saída da vez do traço vocal.
"É algo no
qual estamos trabalhando. Será possível algum dia", disse
Howard, esperançoso com as possibilidades de um anúncio que foi
recebido com centenas de céticos pela comunidade científica.
TRABALHO NO TEMPLO
A voz de Nesyamun
era parte essencial de seu trabalho no templo e dos rituais que devia realizar,
sujeitos a sermões e cantos. Os autores do estudo confiam que a técnica
revoluciona a gestão e exibição do patrimônio, que até agora desconhecida a
possibilidade de lhe dar a civilizações que deixaram sua impressão há milênios.
"Quando as
visitantes se encontram com o passado, é habitualmente uma reunião
visual", arguye Jonh Schofield, arqueólogo da Universidade de York e
integrante da equipe. "Com essa voz mudamos essa dinâmica e convertemos o
encontro em algo com multiplicas dimensões. Não existe nada mais pessoal que a
voz de alguém. Escutar uma tão antiga será uma experiência inovável que
conseguira que os monumentos como Karnak, o templo de Nesyamun,
ressuscitem", afirmou.
Os artífices do
experimento celebram a gestão de ter recuperado uma voz que se extinguiu há
três milênios. Por enquanto, seu proprietário - como o resto dos egípcios - foi
enterrado com o anseio de conquistar a imortalidade. Os habitantes que uma voz povoou
as margens do rio Nilo sempre acreditaram que "pronunciar o nome dos
mortos é trazer-los de novo a vida".
VIDEO DO SOM DA VOZ DE NESYAMUN
VIDEO DO SOM DA VOZ DE NESYAMUN
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