Os Estados Unidos não quer participar em uma guerra no espaço, mas deve
estar preparado para tal acontecimento, disse o chefe de operações
espaciais, general Jonh W. Raymond, durante a Conferência Aérea, Espacial e
Cibernética 2020 da Associação da Força Aérea.
"Queremos evitar que isso não aconteça", disse Raymond. "Porém,
se essa dissuasão falhar, uma guerra começará ou se estenderá ao espaço se liberar
a grandes distâncias a velocidades tremendas".
Para planejar um conflito em tais condições, a Força Espacial dos Estados
Unidos deve ser ágil, e rápida, disse Raymond. "Não estou certo do que
podemos conseguir a vitória, ou inclusive competir, em um conflito moderno sem
poder espacial", disse. O general adicionou que não estava disposto a
perder para aprender.
MAIOR URGÊNCIA
O chamado de Raymond a uma ação e decisiva evocou uma maior
urgência na reposta aos crescentes desafios que enfrenta os Estados Unidos.
"Nossos adversários estão se movendo de maneira deliberada e rápida para
reduzir nossa vantagem", disse Raymond. Em julho, Whashington acusou a
Rússia de provar uma suposta "arma anti-satélite em órbita". O
reino Unido corroborou a acusação.
"Para estar preparados para esse conflito devemos ser valentes",
disse Raymond. "Devemos inovar. Devemos nos mover e pensar mais rápido.
E devemos potenciar e aproveitar o talento excepcional que tenhamos na Força
Espacial",
O chefe das Operações Espaciais ofereceu uma imagem detalhada do
que implicaria uma guerra espacial. "Os mísseis anti-satélite de
alcançar a órbita terrestre baixa em minutos", descreveu.
"Os ataques eletrônicos e as armas de energia dirigida se movem na
velocidade da luz, e as capacidades em órbita se movem a velocidades superiores
a 44256.96 km/h".
Os Estados Unidos tem a capacidade de neutralizar essas ameaças e
devolver o golpe se for necessário. Raymond enfatizou que estabelecer opções no
espaço permitirá que o país tenha mais influência para atuar em outros
domínios.
ALIANÇAS E MEDIDAS
Como parte dos esforços para fortalecer a presença espacial
americana, a Força Espacial tinha estabelecido um Centro do Sistema Espacial e
de Mísseis com um equipe que buscava se associar com o Japão, Nova Zelândia,
Austrália, França, Alemanha e o Reino Unido.
Raymond identificou um acordo que os Estados Unidos estava forçando com a
Noruega, no qual as cargas uteis americana se incluíram nos lançamentos
espaciais noruegueses. Também equiparam aos satélites japoneses com capacidades
militares americana.
Raymond também tem a intenção de publicar uma doutrina espacial que busca informar
o porquê do programa espacial.
O propósito é obter mais apoio das indústrias e profissionais do espaço no ar,
e inclusive do Congresso para reconhecer a intenção da Força Espacial de
"competir, dissuadir ganhar e liderar".
0 Comentários