O planeta Vênus pertence a Rússia? A Rússia afirma que sim

Rússia quer ser dona de Vênus
  

Rússia tem fortes sentimentos pelo planeta Vênus. Dimitry Rogozin, o chefe do Roscosmos, a agência espacial russa, falou na exposição Helirussia 2020 e declarou que Vênus é um "planeta russo", segundo a agência de noticias russa TASS.
Isso aconteceu depois do inovador anúncio de que os investigadores detectaram evidência no alto das nuvens de Vênus. 
Os científicos encontraram moléculas chamadas de fosfina, que somente é produzida por seres vivos ou em lugares na onde tem muito calor e pressão. Dado que Vênus não está submetida a altas temperaturas nem altas pressões, a vida poderia ter encontrado um caminho.
Os científicos suspeitaram durante muito tempo que as nuvens cáusticas que cobrem Vênus abrigam vida. A diferença da superfície asfixiante e quente do planeta, suas cobertas de nuvens abriga condições relativamente semelhante as da Terra, com temperaturas que ficam entre os 30°C e pressões semelhantes aos que sentimos na superfície da Terra. 

Entre 1967 a 1984, a União Soviética enviou uma série de sondas para explorar Vênus. A maioria das missões não tiveram êxito, para várias dessas naves espaciais produziram dados importantes sobre o planeta, Venera 7, por exemplo, foi a primeira sonda que aterrissou com êxito na superfície de Vênus. "(Morreu pouco depois), Venera 9, que foi lançada em 1976, fotografou as primeiras imagens do planeta empoeirado e desolado planeta. 

Rússia reclama Vênus

As missões finais de Venera, 16 e 16, se centraram em mapear porções da superfície do planeta. 
Se bem a Rússia tem uma rica história de envio de naves espaciais a Vênus, e contribuiu significante a nosso conhecimento do estranho mundo, o país não pode reclamar a propriedade do planeta só porque foi o primeiro em aterrissar ali. (De todos os modos, não é provável que Rogozin o disse literalmente). 
Tudo isso é graças ao Tratado Espaço Exterior de 1967, que impede que os países sejam donos de qualquer planeta, lua ou outro corpo rochoso no sistema solar e mais além:

"O espaço ultra terrestre, incluída a Lua e outros corpos celestes, não está sujeito a apropriação nacional por reclamo de soberania, por meio de uso ou ocupação, o por qualquer outro meio".

Ainda assim, está claro que a Rússia está interessada em voltar. Durante anos, Roscosmos esteve em conversa com a NASA sobre o envio de uma nova missão ao "gêmeo malvado" da Terra, cujo  lançamento está programado para o final da década de 2020. 
A missão, chamada Venera-D em um aceno para as missões anteriores do país ao planeta, enviaram um orbitador, um módulo de aterrissagem e uma estação de superfície de longa duração (LLISSE), que hospedaria uma série de instrumentos utilizados para estudar a superfície de Vênus.

"As explorações complexas também incluíram amostras de solo e atmosfera, assim como a exploração de processos de evolução em Vênus que supostamente sofreu um desastre climático relacionado com o efeito de estufa que se discute muito hoje na Terra", revelou Roscosmos em um comunicado. 
A declaração também sugere que a agência espacial está considerando sua própria missão, separada da missão conjunta com a NASA.


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