A chave do Rei Salomão é um grimório do século XIV ou XV, erradamente atribuído ao rei Salomão, que expõe os exemplos típicos da magia no renascimento italiano.
Sobre este libro proibido logo se construiu A Chave menor do Rei Salomão.
A chave do rei Salomão é um dos vários livros esotéricos atribuídos ao rei Salomão.
No século XIV, fortemente influenciado pelos cabalistas judeus e os alquimistas árabes, mais um redescobrimento da magia clássica na Grécia e Roma, surgiram numerosos volumes deste tipo, embora nenhum alcançou o alcance da Chave do rei Salomão.
Hoje em dia circularam muitas versões da A Chave do rei Salomão, mais todas estão baseadas em textos posteriores e, por tanto, conservam correções e interpretações que escurecem enormemente.
Para adicionar maior confusão ao assunto, o ocultista S.L Mag Gregor Mathers publicou em 1889 uma versão da A Chave, à que chamou: A chave maior do rei Salomão, na qual passou a integrar o inconsciente coletivo bibliográfico de todos.
Em 1914, aproveitando os estudos de Mathers, L.W. de Lawrence, grande conhecedor do esoterismo oriental, editou uma versão alternativo de A chave maior do rei Salomão, na qual se integrou perfeitamente a publicação de Mathers.
O resultado: Muitas pessoas acreditam que a Chave maior do rei Salomão é um libro real, isto é, um livro mágico escrito pelo rei dos judeus, quando o certo é que foi editado em meio da época vitoriana por homens de temperamento opio.
Agora bem, A Chave maior do rei Salomão tem suas virtudes. Em parte, ilumina questões esotéricas, e escurece outras, particularmente as que tem relação com a origem do livro.
A continuação daremos conta de alguns pontos em comum.
A chave de Salomão está dividido em dois livros. Não é uma obra puramente ocultista, embora ali reside seu maior interesse.
Curiosamente, a chave do rei Salomão não menciona o nome daqueles 72 demônios escritos por Salomão, em quase todos os grimório, como no Pseudomarchia Daemonum ou no Lemegeton, por exemplo, embora estes pertencem a uma época tardia.
Os grimórios medievais, em mudança, invocam a Deus para oficiar suas operações, embora estes tenham pouco ou nada que ver com o conceito judeu-cristão de Deus.
Os feitiços, ritos e rituais da chave maior do rei Salomão coincidem com o original, ao menos no que se refere a seus resultados.
Ali se descreve não só como efetuar os experimentos ou rito, mais sim como construir os materiais necessários para os feitiços, as datas propicias, as fases lunares adequadas, símbolos, purificação do oficiante, etc.
De acordo com o mito, A Chave Mair do rei Salomão foi escrito por este imponente monarca para seu filho Reboão, encomenda-lo que, depois que lido, o enterra-se junto com seu cadáver.
Anos depois, uma partida de filósofos babilônicos encabeçaram a honrosa tarefa de abrir a tumba de Salomão.
O livro foi descoberto, embora nenhum dos sábios soube interpreta-lo.
Um tal de Grevis sugiro que deveriam pedir a iluminação do Senhor para que pudesse intender os mistérios do livro, coisa que fizeram em perfeita ordem.
Ato seguido um angel terrível desceu com a diretiva divina de recuperar o manuscrito para a biblioteca celestial.
Os sábios negociaram, e o anjo concedeu deixar o livro na Terra, a condição de que ninguém indigno pudesse jamais ler o livro, em cujo caso perderia a sanidade nos lugares mais sinistros do inferno.
Século se passaram,, Mathers e Lawrence modificaram os originais míticos do livro, talvez para que sua leitura fosse acessível ao burgues vitoriano, sempre atento as maldições siderais; apontando que aquele anjo apenas se limitou a sugerir prudencia.
Deixando de lado a lenda em torno do livro, tem que apontar que A Chave do rei Salomão é, talvez, o livro do ocultismo mais ambicioso que temos noticias.
Aqui a magia não se reduz a minuscula ultrajes, nem a filtros de duvidosas efetividades.
Pelo contrário, A Chave do rei Salomão expõe os feitiços e rituais
mais impactantes do renascimento. Entre eles encontrarmos invocações de demônios e entidades astrais, maldições implacáveis, métodos para sujeitar espíritos e força-los a cometer toda tipo de malfeitos, operações para encontrar tesouros perdidos, ficar invisível, conseguir o amor de qualquer mulher e ao contrário, exorcizar demônios, obter uma oratória sugestiva, alcançar a fortuna, confeccionar talismãs mágicos, amuletos, etc.
Este conteúdo mágico é precedido por severas proibições, que vão desde a purificação do oficiante, que pode durar semanas, inclusive meses, até os contratempos que todo ritual pode oferecer ao mágico intrépido.
Muitas pessoas tem tentado realizar os feitiços da A Chave do rei Salomão. Quase todos desconhecem as falências de nossas versões modernas, e muitos menos dos detalhes eliminados da edição grega, a mais antiga que se conhece.
Por certo, isso não evitou que alguns casos de invisibilidade aleatório e exorcismo, muitos relatos documentados por homens tão sérios como constritos.
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