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Maria Gómez Cámara removia umas pimentões fritos no fogão da cozinha de sua casa em Bélmez de la Moraleda, em Jéan, quando uma mancha no chão chamou a atenção em 23 de agosto de 1971. Se parecia tanto a uma rosto humano. Desconhecia então que acaba de abrir a porta a um dos fenômenos mediáticos mais famosos das últimas década na Espanha.
O primeiro rosto parecia ao Santo Rosto da Catedral de Jaén, não existe nenhuma fotografia. Um dos filhos de Maria, Miguel Pereira, cansado por causa dos vizinhos que se aproximavam de sua casa para ver o ocorrido, decidiu raspar o chão e tampar com um pouco de cimento. Acreditava ter terminado o caso dos rostos, mais depois uns dias depois surgiu outra imagem no mesmo lugar. "Essa vez o rosto era semelhante ao Senhor da Vida, imagem se que se encontra resguardado em uma igreja localizada atrás do domicilio dos Pereiras". 
Foi a primeira das centenas de rostos que foram aparecendo no pavimento da casa durante anos.

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A noticia correu como uma pólvora e vários curiosos foram até a humilde casa de Maria para vê-las. O mistério atualmente rodeava os rostos que apareceu perto do fogão da casa, chamada já encantada, em Bélmez de la Moraleda em (Jaén). 
Pelo visto, em determinados lugares, apareceram uns rostos incapazes de se apagar".

Antes do novo visual que adquiria o assunto dos rostos, o prefeito de Bélmez na época, Manuel Rodriguez, ordenou abrir um buraco de 2,80 metros para ver o que havia debaixo dos rostos. "Eles atingiram em ossos - relatou López - pois descobriram um esqueleto cujo titular, segundo uma analise forense, era um homem de pequeno tamanho que foi enterrado em tal lugar pelo século XII". 

A Casa do bispo, como era conhecida a casa dos Pereiras, havia sido construída sobre um cemitério, Dali, se explicavam alguns, que também escutaram vozes no lugar. Segundo as pessoas que viviam no lugar, a casa havia sido também cenário de episódios muito pouco correntes ao longo da história. Contava-se que até o século XV, havia vivido nela um inquisidor que realizou crueis sacrifícios de mulheres e crianças pequenas.

O povo jienense de Bélmez de Maroleda se encheu de pessoas de toda parte para comprovar com seus próprios olhos o fenômeno. Em sua época de mais auge, houve fins de semana nos quais se aproximaram até 10.000 pessoas. No princípio, Maria não cobrava pela visita, embora aceitasse dinheiro que com o tempo se instituíram. "Pedia dinheiro - 200 a 1.000 pesetas (dinheiro local) aos turistas e forasteiros". "Cada manhã chegava com uma bolsa de moedas para trocar em bilhetes de mil. Deve ganhar ao dia era de cinco ou seis mil pesetas com o dinheiro".

 

SUSPEITA DO CASO SER MENTIRA

 

Com o interesse que despertou o fenômeno se dispararam também as suspeitas de que os rostos de Bélmez eram uma fraude. Em uma carta do diretor, um leitor criticava em março de 1972 a série de folhetos que estavam publicando sobre a aparição desses "rostos duros com o mesmo cimento em que estavam incrustados".

 "Não é estranho, pois, que os fiéis do sensacionalismo irem a uma peregrinação massiva a contemplar esse fenômeno de farra. Como um rosto falante não coisa que possa ver todos os dias, fins de semana, os donos da casa das aparições tiraram fotos dos rostos em 18 x 244 e as vendiam, em preciosas ampliações, melhor do que se as vendas de janeiro fossem sobre. Os negativos, com e natural, os reservaram, como direitos do autor, por causa dos plágios".

Até chegou a dizer que haviam sido pintadas por algum membro da família Pereira ou por um pintor da cidade com uma adição de cloreto de nitrato de prata, sensível a radiação ultravioleta. O ministro do Governo da época. Camilo Alonso Vega enviou em 1971 o parapsicólogo José Luis Jordán com uma equipe para investigar o assunto. "Nós voltamos convencidos de que todo era uma pequena fraude, embora não acredito que a dona da casa, Maria Gómez Cámara, fosse responsável. Para nós não havia evidência de que fosse um fenômeno paranormal. Os rostos estavam feita com silicato cálcico diluído, umas, e com uma mistura de fuligem e vinagre nas outras. Assim consta a noticia que deve agir no poder do atual Ministério do Interior".


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 Essa noticia atraiu a Jordán numerosas críticas por parte de outros parapsicólogos que se mostravam mais convencidos da autenticidade dos rostos. "O fenômeno é autêntico e, como tal, sua causa paranormal, quer dizer, sim explicação alguma dentro da física natural", defendia o parapsicólogo Germán de Argumosa, Em sua opnião, "coincidente com publicamente expressada reiterada vezes pelo professor Hans Bender, da Universidade de Friburgo de Brisgovia, assim como outros científicos", a causa dessas "telepatas" era "extra dimensional". "Se encontra fora de nosso espaço e tempo".

 Por indicação de Argumosa, foi selada a cozinha da casa embora, segundo mesma ele estressado, não pretendia verificar o fenômeno "que á não oferece a menor dúvida aos científicos", mas também "tratar de encontrar por esse procedimento qual é a função do elemento humano, se é que nesse caso a tem, dentro do fenômeno que nos ocupa". A Maria se lhe construiu outra cozinha, e ao pouco surgiram novos rostos. E quando se voltou a entrar na primeira, um ano depois, havia aparecidos 17 novos rostos.

 

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Ao longo dos anos continuaram surgindo figuras na Casa do bispo. Algumas, como o rosto de Franco, chamaram muito a atenção dos meios de noticia. Para os vizinhos, Maria Gómez era quem provocada essas imagens, que se transformavam com o tempo. Segundo descreveu Manuel Lopez, "sofrem metamorfoses para depois derivar em rostos mais complexos, mais vitais, impulsivo e passionais". A dona da casa acredita que guardavam alguma relação com seu estado anímico e pessoal e não descartava então que os rostos desapareceram quando ela morresse.

 

Algumas idosas da cidade asseguravam que a ausência da mulher na casa produzia uma diminuição e opacidade dos rostos. "Uma temporada, quando Maria esteve em Jaén aflita por causa da febre. Os rostos foram perdendo relevo e quase desapareceram", manifestavam antes de destacar que "consciente ou inconscientemente, provoca uma força que pode fazer mudar o criar rostos com mensagens diferentes. Além disso, se sabe do fenômeno muito mais do que conta os curiosos".

 

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Maria faleceu em fevereiro de 2004 aos 85 anos, mais os rostos não sumiram. "Não só desapareceram os rostos que permaneceram no chão da casa onde viveu Maria, mais também que multiplicaram e inclusive apareceram mais em uma segunda casa, precisamente na casa na qual nasceu, localizada a poucos metros da vivenda onde residia". E depois foi informado em outras ocasiões de novas "telepatias" que, a juízo da Sociedade Espanhola de Investigações. Parapsicológicas, não era "fruto da ação humana".

 

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 Hoje existe em Bélmez um centro de interpretação desses fantasmagóricos rostos que seguem suscitando opiniões diferentes. Existem os que defendem sua autenticidade e afirmam que se trata do maior fenômeno paranormal de todos os tempos na Espanha, outros que são simples pareidolias e os que acreditam que não mais que enganoso. 


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