A história dos primeiros robôs mecânicos que até trabalhavam
A ORQUESTA DE ROBÔS DE AL-JAZARI
Os primeiros exemplos de automáticos conhecidos apareceram no mundo islâmico no século XII e XIII. Destacam por sua sofisticação dos criados pelo inventor árabe Al-Jazari, que em 1206 descreve alguns de suas mais notáveis criações: um despejador de vinho automático, um mecanismo dispensador de sabão e toalhas, e uma orquestra de robôs que operava graças a força da água. Essa última estava destinada a amenizar festas e banquetes com música enquanto flutuou em um lago ou fonte.
O GRANDE XADREZ TURCO
O autômato mais famoso da história foi um "impostor". Em 1769, o aristocrata húngaro Wolfgang von Kempelen fez um imponente busto de madeira de um jogador de xadrez, conhecido como O Turco por seu traje. Surgiu atrás de uma grande mesa de madeira fechada (que abrigava um complexo sistema de engrenagens, cabos e polias) presidida por um tabuleiro de xadrez. Logo ganhou fama por meio de um tour expositivo pelos mais distintos salões e auditórios da Europa, em que o autômato desafiou - e sempre derrotou - ilustres participantes, como Napoleão Bonaparte.
O xadrezista mecânico não repetia uma coleção de movimentos, como fazem os autômatos, mas sabia jogar. O que causou admiração, mas também suspeita. Em 1790 e de surpresa, Von Kempelen desmontou sua criação, que desapareceu de circulação por três décadas. Após a morte de seu criador, El Turco foi vendido ao estudante alemão Johann Maelzel, que o exibiu novamente na Europa e na América. A cada nova vitória, as suspeitas aumentavam. O escritor Edgar Allan Poe, após assistir a um de seus programas, argumentou que deveria haver um jogador de verdade dentro do busto.
Ele errou por pouco. O truque da invencibilidade do autômato residia na presença de um verdadeiro mestre do xadrez - como um dos envolvidos confessou à imprensa em 1837 - que permaneceu escondido atrás dos mecanismos da mesa graças a um engenhoso sistema de painéis deslizantes. Usando peças magnéticas ele podia jogar um jogo virado para baixo no interior do tabuleiro enquanto seus braços se comunicavam com os de seu busto por meio de um dispositivo articulado. Depois que a fraude foi revelada, o jogador de xadrez foi permanentemente desmontado e relegado a um depósito onde foi devorado pelo fogo em 1854.
OS ROBOS DE JAQUET-DROZ
Os robos alcançaram seu momento de maior esplendor na Europa do século. XVIII, quando graças ao desenvolvimento de mecanismos de relojoaria a miniaturização de dispositivos tornou-se possível. É por isso que muitos dos mais famosos construtores de robôs também eram renomados relojoeiros. Como o mestre suíço Pierre Jaquet-Droz, que entre 1768 e 1774 construiu três robôs de extraordinária complexidade.
Eles eram conhecidos como o pequeno escritor, o pequeno cartunista e o pequeno pianista porque tinham apenas cerca de sessenta centímetros de altura. Eles integraram um sistema de discos "codificados" (com bordas cortadas) e centenas de peças móveis que lhes permitiram escrever sequências, desenhos e até interpretar temas em um órgão real em sua escala.
O CISNE DE PRATA
Em 1773, o inventor, relojoeiro e fabricante de instrumentos John Joseph Merlin construiu um robô de um cisne em tamanho real. Quando colocado em operação, uma música deliciosa tocou e o cisne moveu a cabeça para os dois lados, alisando a plumagem nas costas, e se inclinou sobre a água para capturar um peixinho. Uma encenação surpreendente e elaborada que executou graças aos três mecanismos mecânicos internos, que controlavam de forma independente o leito do rio, uma caixa de música e os movimentos da figura.
A INVENÇÃO DE DA VINCI INVENTA
Em 12 de julho de 1515 Giuliano de Medici lhe apresentou ao recém
coroado rei da França Francisco I um incrível leão masculino. Diante da
admiração dos presentes, o leão atravessou o lugar até parar diante do monarca
e deixar que seu torso se abrisse para oferecer lírios. Uma fórmula de
simbolizar a estreita relação entre a família florentina - cujo emblema é um
leão - e a coroa francesa, identificada com a flor de lis. O leão tinha sido
construído por Leonardo da Vinci emulando a outro que foi fabricado em 1509.
Em torno a 1495 Da Vinci já havia desenhado seu primeiro robô, um
cavalheiro armado mecânico que no interior de sua armadura colocou um completo
mecanismo de rodas e engrenagens, cabos. Podia sentar-se e levantar-se, girar a
cabeça, cruzar os braços e alçar o visor de seu casco, tal e como recolhem os
esboços e desenhos do caderno recuperado em 1950. Não se tem a certeza de que
Leonardo chegou a construí-lo, mas se sabe que funcionava graças a uma réplica
que realizou a NASA. Mark Rosheim, engenheiro da agência parcial americano,
replicou em 2002 o robô a partir daqueles esquemas e comprovou a perfeição de
seu desenho: até o ponto de implementos de algumas idéias de Leonardo em seu
trabalho com os robôs da NASA.
O PATO DE VAUCANSON
Em 1738 foi criado três criações mais famosas do inventor francês
Jacques de Vaucanson (1709-1782), que localizam com um das maiores construções
de robôs de todos os temos. Dois deles, com o tamanho real e com aparência de
pastores, podiam interpretar várias canções com instrumentos reais.
O seu termo do robô, que significa escravo, vem da sociedade grega depreciava o emprego, que era próprio de escravos.
Arquimedes foi o primeiro grande descobridor das potencialidades das alavancas, assim como os aparelhos mecânicos capazes de atuar como braços e mãos humanas.
Heron de Alexandria ideou um mecanismo que havia e fechava de forma
automática as portas de um templo. E também uma máquina de aplicação litúrgica
acionada por moedas, tal e como explica Antoni Escrig em seu livro O relógio
milagroso:
Issac e Salomão Caus fizeram famosos por seu passáro mecânico que, sobre um galho, cantava graças ao mecanismo hidráulico. Luis XIV encarregou ao inventor alemão Gottfried Hautsch contruir soldadops mecânicos em movimentos ara os jogos do Delfin na frança.
O bispo de Grossatesta, o papa Silvestre II o São Alberto Magno, todos
eles foram construtores e donos de robôs. Com tudo, muitos robôs eram
fraudulentos, como o Robô de Maezal, que jogava xadrez e havia derrotado a
príncipes e cortesões, inventado pelo barão Wolfgang von kempelen, que na
realidade somente era fugitivo com as pernas amputadas que se escondia entre as
engrenagens da máquina.
ROBOS ASIÁTICOS
As civilizações
antigas como a china também disponha-va de seus próprios robôs e mecanismo
automáticos, como o construídos no século II por Zhang Heng, que era um
detector de terremotos que assinalava a direção do epicentro. Seu funcionamento
completo explicava assim Antoni Escrig em seu livro O Relógio milagroso:
"Basicamente constava de um recipiente com oito saídas (com forma de boca
de dragão) na parte superior. Dentro tinha um pêndulo invertido de posição
vertical. Quando aparecia uma onda sísmica no ponto do pêndulo se movia e
acionava, que em sua vez se movia uma bola que, por efeito da gravidade, caia
através de um dos outros caminhos em direção da boca de um dos sapos
localizados na parte inferior. Dependendo por onde havia saído a bola se
detectava a direção do epicentro".
No Japão, construíram um tigre que soprava e se servia como um leque. Foi publicado há pouco tempo no Karaturi kimon kaganigusa, um tratador sobre a tecnologia dos robôs. Construíram bonecas capazes de se mover em todas as direções e de levar uma taça de chá ou de sake ao seu amo.
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